O grupo criminoso, formado por oito pessoas e que atuava em Ipatinga, é investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Polícia Civil
Policiais civis, servidores públicos e despachantes são investigados pelo crime de “clonagem” de veículos de luxo que teriam sido furtados em Ipatinga, na região do Vale do Aço. O grupo, composto de oito pessoas, é alvo de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais. Três desses supostos envolvidos já haviam sido presos. O MPMG pede que eles sejam condenados por danos coletivos e façam o pagamento de uma quantia de R$ 200 mil.
Entre os investigados estão o chefe do setor de trânsito de Ipatinga, dois despachantes, dois servidores da 1ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Ipatinga, além de dois servidores de outras delegacias e um policial civil. Eles são acusados dos crimes de receptação qualificada, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informações, falsidade ideológica, entre outros. Um dos investigados é acusado de coação no curso do processo, por ter ameaçado a delegada responsável pela apuração do caso.
A apuração revelou que o grupo criminoso adquiriu e vendeu veículo furtado e, posteriormente, clonado. Esses automóveis tiveram seus sinais de identificação alterados entre abril e maio de 2022. A investigação destacou que, a partir da confecção de novas placas pelos denunciados, o processo de “clonagem” ficou completo.
Os investigados ainda teriam vendido os veículos furtados como se fossem originais logo após a adulteração. Um destes carros foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal, em agosto de 2022, no município de Balsas, no Maranhão. O condutor, na ocasião, alegou ter adquirido o bem de boa-fé.
A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais e decretou a prisão de três destes envolvidos. A operação também cumpriu 25 mandados de busca e apreensão, com o recolhimento de celulares e documentos comprobatórios dos atos.