A operação contou com 54 alvos e cumpriu 40 mandados. Algumas ações eram feitas com a ajuda dos próprios familiares de detentos.
A Polícia Militar e o Ministério Público realizaram na manhã desta quarta-feira (17) uma operação contra o tráfico de drogas em São Sebastião do Paraíso (MG). A atividade criminosa acontecia dentro do presídio e em cidades da região. Trinta e nove pessoas foram presas, incluindo familiares de detentos.
A Polícia Militar e o Ministério Público realizaram na manhã desta quarta-feira (17) uma operação contra o tráfico de drogas em São Sebastião do Paraíso (MG). A atividade criminosa acontecia dentro do presídio e em cidades da região. Trinta e nove pessoas foram presas, incluindo familiares de detentos.
Durante a ação, foram apreendidos 30 celulares, cadernos de anotações, drogas como maconha, cocaína e crack, balanças de precisão e R$ 2,5 mil em dinheiro.
A operação é feita pela PM por meio do 43º Batalhão e da Diretoria de Inteligência (DINT), e pelo Ministério Público.
Participaram da ação equipes da PM de São Sebastião do Paraíso, Passos, Alfenas, Poços de Caldas, Belo Horizonte, além do apoio da Tropa de Choque, Rotam, Cavalaria e Aviação.
Esquema do tráfico
Segundo o MP, os suspeitos conseguiam circular com drogas dentro do presídio e controlavam o tráfico tanto dentro, quanto fora da unidade prisional, e em cidades vizinhas como Pratápolis (MG) e Itaú de Minas (MG).
Conforme a polícia, muitas vezes as movimentações eram feitas com a ajuda dos próprios familiares, como mães, irmãos e cônjuges. Entre todos os presos, cerca de 15 são detentos que já estavam dentro do presídio.
Os investigados são de municípios como São Sebastião do Paraíso, Monte Santo de Minas (MG), Nepomuceno (MG) e São Paulo (SP). Juntos, eles somam aproximadamente 290 passagens pela polícia, sendo alguns membros atuantes em facção criminosa.
O que diz a Sejusp
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que “o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) realiza diariamente várias ações de revista em celas para coibir a entrada ou permanência de materiais ilícitos ou não permitidos no interior das unidades prisionais”.
As unidades também contam com policiais penais, equipamentos como escâners corporais e detectores de metal em revistas a visitantes, além de fiscalizar as correspondências destinadas a custodiados.
Conforme a Sejusp, todas as ocorrências envolvendo ilícitos em unidades prisionais são alvo de apuração administrativa interna e o departamento “trabalha para que esse tipo de ocorrência seja inibido e cada vez menos recorrente”.