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Ministério Público investiga tortura contra presos da Nelson Hungria

por AMAFMG Agentes Fortes

Quatorze policiais penais são suspeitos, segundo o órgão. Equipes cumprem 26 mandados de busca e apreensão. Investigações correm em segredo de Justiça

Uma operação desencadeada nesta quinta-feira (15/7) apura uma denúncia de casos de tortura contra detentos da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. São cumpridos mais de 20 mandados de busca e apreensão. 

A operação foi chamada Touro de Bronze, em referência a um instrumento de tortura datado do século VI antes de Cristo, usado para matar pessoas na região da Sicília, na Itália. 
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o promotor de justiça Gabriel Mendonça, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contou que os crimes teriam ocorrido em julho do ano passado, mas foram denunciados em fevereiro deste ano. Quatorze policiais penais são investigados. O caso corre em segredo de Justiça. 

Foram 26 mandados expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais e Violência Doméstica da Comarca de Contagem. Além da Nelson Hungria, eles são cumpridos em Ibirité, na Fazenda Mato Grosso, em Ribeirão das Neves, e residências em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité e Ribeirão das Neves. 

Serão apreendidos celulares, pendrives, livros de registro de ocorrências e outros documentos.
No MP, a ação é coordenada pela 11ª Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial de Contagem. Atuam na operação quatro promotores de Justiça, 92 policiais penais pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen), 28 civis e 34 militares. 
Por meio de nota enviada no início da tarde, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que participa ativamente e acompanha a operação de hoje. “O secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, e o subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada da Sejusp, Christian Vianna, participaram do briefing no início desta manhã, que ocorre sempre antes da deflagração de uma operação”, diz a nota. 

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