Home NOTÍCIAS Mais um Escândalo no Sistema Prisional de MG. Agentes Penitenciários envolvidos.

Mais um Escândalo no Sistema Prisional de MG. Agentes Penitenciários envolvidos.

por AMAFMG Agentes Fortes

Investigados utilizaram a estrutura da oficina mecânica de um presídio na Região Metropolitana de Belo Horizonte e a mão de obra de presos.

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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) cumpriu, nesta terça-feira (22), 12 mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar de afastamento de função pública contra sete investigados, dentre eles cinco servidores do Departamento Penitenciário de Minas Gerais.

A Operação Catira teve como objetivo combater a corrupção no sistema penitenciário do estado. A força-tarefa foi coordenada pela Polícia Federal (PF) e integrada pelas polícias Civil, Militar, Penal estadual e Penal federal.

De acordo com o delegado da PF Christian Del Cantoni, responsável pelas investigações, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos em casas, gabinetes e no presídio, que serão periciados.

As apurações policiais, que duraram cerca de seis meses, descobriram supostos crimes de peculato e corrupção passiva/ativa por servidores públicos, detentos e familiares.

“As investigações se inciaram por meio de informações da Inteligência da Polícia Federal”, diz Del Cantoni.

Os investigados utilizaram a estrutura da oficina mecânica do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e a mão de obra de presos, que recebiam benefícios indevidos para fazer manutenção em veículos particulares dentro da penitenciária.

É apurada ainda a conduta de um dos detentos, alvo de uma operação da PF e condenado a cerca de 36 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e pornografia infantil. Segundo Del Cantoni, ele tinha acesso a equipamentos de informática dentro da penitenciária.

Ele teria sido favorecido, por um dos policiais penais que ocupam cargo de direção, com o acesso à internet e a diversos dispositivos eletrônicos não permitidos em ambiente prisional, após ter sido designado para trabalhar no setor de tecnologia, mecânica e eletrônica da unidade prisional.

Segundo a PF, ainda pesa contra ele, a suspeita de que teria pagado/entregado vantagens indevidas, como equipamentos eletrônicos e serviços relacionados à informática, a servidores públicos do sistema prisional, que ocupam cargos de direção dentro do sistema prisional, sendo um diretor regional, um superintendente e alguns diretores de presídio.

Os autos tramitam em segredo de Justiça e o acesso é restrito ao Juízo, Polícia Judiciária, Ministério Público e partes envolvidas.

O termo catira é uma expressão regional que significa troca. No contexto da investigação, refere-se à troca de mão de obra de presos e de outras vantagens ilícitas, visando a obtenção de benefícios indevidos.

”G1 Minas ”

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