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Mais de 5 meses após retirada do Detran da PCMG, somente o diretor foi realocado

por AMAFMG Agentes Fortes

Ex-diretor foi para delegacia de Juiz de Fora; sindicato denuncia falta de mudança e avalia desafios

O Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) saiu da competência da Polícia Civil e foi transferido para a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) há exatos cinco meses e uma semana. Desde lá, no entanto, o único policial civil que foi realocado foi o ex-diretor do Detran, Eurico da Cunha Neto, que passou a atuar como chefe do 4º Departamento de Polícia Civil (4º DEPPC), em Juiz de Fora, na Zona da Mata. No seu lugar, entrou um servidor da Seplag, Lucas Vilas Boas. Este é o único caso de mudança, segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG). 

“A saída do Eurico foi a única coisa que mudou. Realocaram o diretor do Detran, o que dá a falsa sensação de mudança, mas tudo continua o mesmo”, avalia o presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira. Segundo ele, o restante dos policiais civis ainda aguarda alguma indicação de transferência, mas não foram sinalizados de nada. “Todos continuam trabalhando normalmente. Todos os delegados, todos os investigadores. Essa promessa de transferência do pessoal foi uma inverdade. Queriam liberar os investigadores do Detran, mas eles continuam lá. No interior, é ainda mais difícil disso acontecer”, continua. 

Expectativa é para conclusão total da transferência em até quatro anos — Foto: Polícia Civil/Divulgação

credenciamento das empresas terceirizadas de vistorias de veículos foi iniciado como uma solução para liberar os policiais civis do serviço, mas o processo está atrasado há quase sete meses. Uma das travas foi justamente a dificuldade de verba, que fez o projeto tramitar na Assembleia Legislativa. “O Detran é a maior arrecadação do Estado. São mais de R$ 400 milhões ao ano. Para tirar uma receita do Estado, precisa substituir por outra. De onde vão tirar isso sem onerar o cidadão?”, questiona o presidente sindical. 

Oliveira reforça que a dificuldade em cumprir com a transição do serviço pode também aumentar o problema no interior. “É uma questão complexa, porque nós cobramos para que haja mudança, para que mais investigadores atuem de acordo com a função, mas não é simples. No interior, qual empresa (de vistoria) que vai querer investir em uma cidade que não dá lucro? E se a empresa não chega na cidade, os policiais civis continuam”, afirma. 

Com a mudança para a Seplag, o órgão executivo de trânsito do Estado passou a ser a Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET-MG). As atividades da sede do Detran-MG já foram transferidas para a nova estrutura. Mas, de acordo com o Governo, “a transferência dos pontos de atendimento mantidos pela Polícia Civil se dará de maneira gradual, em prazo maior, durante os próximos anos”.

A expectativa é de conclusão total em quatro anos “para que os policiais que desempenham atividades no Detran-MG possam retornar aos processos de investigação e combate à criminalidade, reforçando a segurança pública de Minas Gerais”, diz nota do Estado.

A reportagem demandou o Governo sobre o andamento da transição das atividades e aguarda retorno. 

FONTE: https://www.otempo.com.br/cidades/mais-de-5-meses-apos-retirada-do-detran-da-pcmg-somente-o-diretor-foi-realocado-1.3248460

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