Casal suspeito do crime se passou por pessoas em situação de rua na capital mineira
A mulher de 35 anos que procurou um pastor em uma igreja no centro de Belo Horizonte para confessar um homicídio em Vespasiano, na região metropolitana, apresentou duas versões do crime para a Polícia Militar. Inicialmente, ela disse que tinha sido vítima de assédio sexual pela vítima, de 30 anos, gerente do tráfico no bairro Morro Alto. Depois, ela confessou que o marido dela, de 35 anos, chamou a vítima para um sexo a três como forma de pagamento de dívida, já que o casal tinha pendências financeiras com o tráfico na região.
Quando a polícia encontrou a mulher no templo da capital mineira, ela estava bastante nervosa e chorava muito. Na primeira versão relatada, ela apontou que estava em casa com o traficante fazendo uso de cocaína. Ele teria a assediado e, por ser casada, não concordou e deu um golpe de marreta na cabeça do homem. Alegando estar descontrolada, ela disse que deu outras 12 marretadas no rosto da vítima já caída. Para esconder o corpo, ela teria colocado embaixo de uma escada acimentada.
Durante as diligências, já que havia suspeita do armazenamento de drogas, os policiais foram até a casa da vítima, onde a mãe e a tia relataram que o homem estava desaparecido desde sábado. Nenhum objeto ilícito foi encontrado por lá.
Na casa da mulher, em um cômodo ao fundo, foi localizado o cadáver enrolado em plástico-bolha e sem roupas. Ao lado do cadáver, na parede do cômodo, tinha um buraco onde a autora tinha intenção de ocultar o corpo. Foram percebidas manchas de sangue pelo chão de alguns cômodos e também em um colchão.
Já a mãe da mulher relatou que viu o genro com o rosto sujo de sangue, mas a filha disse que tinha sido um acidente de trabalho. No domingo, a mãe não encontrou mais a filha e o genro no imóvel, e ainda relatou que foi furtada em R$ 100 antes da fuga do casal.
Arrependida, a mulher passou a relatar outra versão do caso. Ela disse que passou a se sentir culpada e procurou ajuda para relatar onde o corpo estava. O casal teria convidado a vítima para o uso de cocaína e cerveja. O marido propôs um ménage com o traficante, já que o casal tinha dívida e a relação sexual pagaria os valores. Em dado momento da relação, já na cama, o marido da mulher agrediu o traficante com uma marretada no rosto e deu os outros golpes. O homem ainda arrastou o corpo da vítima para outro cômodo, mas a mulher pediu para que o companheiro tapasse a entrada, já que não conseguia ver o cadáver.
Após o crime, o casal decidiu sair do bairro e foi para a praça da Rodoviária, em Belo Horizonte. Ambos tentaram vender os celulares como forma de conseguir dinheiro. O homem e a mulher dormiram com pessoas em situação de rua, mas houve uma briga de casal, já que o suspeito ficou com ciúme de um morador de rua. Tomada pelo remorso, a mulher relatou que procurou um pastor para contar sobre o crime de uma forma que assumisse totalmente o assassinato, já que o companheiro já foi preso anteriormente e caso a culpa caísse sobre ele, ficaria ainda mais tempo preso.
Foi constatado pela perícia que além dos golpes traumáticos na face, causados pela marreta, a vítima tinha perfurações no tórax, na altura do coração. Foram recolhidos faca e marreta na cena do crime. O suspeito do crime não foi encontrado.
FONTE: https://www.otempo.com.br/cidades/gerente-do-trafico-foi-morto-durante-menage-como-forma-de-pagamento-na-grande-bh-1.3269684