Infelizmente, o Sistema Prisional de Minas Gerais perde para si mesmo.
Um dos sérios problemas, pelo qual a Associação oficializou ao Governador Romeu Zema, foi a questão dos cargos de Direção de Unidades Prisionais.
Solicitamos o fim dessas indicações e, no mínimo, a implementação de um processo seletivo interno sério, transparente e baseado na meritocracia.
Pois a Associação discute não apenas “disputas de poder” nas Unidades Prisionais, mas também questões que não devem ser negligenciadas.
É alarmante a situação em relação aos ATESTADOS MÉDICOS.
Na Unidade de Araguari, na 9ª Risp, uma região com histórico turbulento de gestão, onde ocorreu a libertação de ex-militares que gerenciavam presídios, estamos vendo pedidos de ajuda e clamores devido à falta de diálogo e compreensão.
Há questionamentos velados sobre os atestados médicos. Portanto, é necessário que tenham coragem para colocar isso por escrito.
Exigimos que todos os policiais penais que precisarem se afastar por motivos médicos sejam retirados da escala 24×72.
Será que, após um longo período de implementação dessa escala, encontraram uma maneira de “punir” os funcionários usando o mesmo método?
Será que não se preocupam com o péssimo ambiente de trabalho que é a principal consequência de tais atitudes?
Basta refletir um pouco para perceber que maus gestores passam, mas o que será do amanhã para os colegas que foram massacrados?
Ninguém tem cargo de diretor vitalício.
Na Unidade Prisional de Araguari, com um número privilegiado de aproximadamente 97 policiais penais de carreira e mais um PSS, será tão difícil dimensionar esse quantitativo de policiais por plantão nas escalas previstas?
Isso é necessário para garantir que o serviço flua com qualidade e segurança.
Todos sabem que uma Unidade Prisional com maioria de servidores desmotivados, insatisfeitos e inseguros apresentará sérios problemas. Isso é evidente.
Chegamos ao ponto de ouvir que policiais penais neste presídio, mesmo com dengue, são obrigados a cumprir plantões para não serem trocados de escala (de 24×72 para 12×36). Isso é um absurdo.
O gestor não deveria permitir que colegas trabalhassem nessas condições. Não é justificável dizer que as consequências serão as mesmas.
Se não houvesse essa ordem de que os policiais penais contaminados por dengue seriam transferidos de escala ao retornarem, com certeza se ausentariam para cuidar melhor de sua saúde.
Há tantas questões importantes na categoria a serem abordadas e estudadas, e ainda nos deparamos com isso no DEPEN de MG.
Gostaríamos de saber se todos os policiais penais, independentemente de setores, irão participar do rodízio de escalas em Araguari:
Aqueles que estão na escala 12×36 noturna também trabalharão na escala 12×36 diurna?
Todos os que estão na escala 24×72 também farão o rodízio na escala 12×36 durante o dia e a noite?
Será garantida a igualdade e legalidade para todos?
Esperamos que o Policial Penal Superintendente Cunha possa intervir em Araguari, que é sua área de atuação, e não esqueça da Unidade de Paracatu, na 16ª Risp, que enfrenta a mesma situação que Araguari.
Lembrando que um Policial Penal tirou sua própria vida ao questionar a mudança de escala, tendo que viajar 500 km por plantão na escala 4×1. Isso é inaceitável.
Esperamos que essa situação seja resolvida da melhor forma possível e que a unidade possa encontrar paz.
A classe precisa de união e solidariedade; todos passarão, mas as Unidades Prisionais permanecerão.
Ontem, prestamos nossas últimas homenagens a um colega policial penal com mais de 18 anos de bons serviços ao sistema, que foi vítima da dengue.
Então, reflitam, gerenciar com coletividade e deixar de lado a parcialidade e a falta de imparcialidade, pois isso só levará a mais problemas em um ambiente como esse.
A Associação AMAFMG está à disposição de todos, lado a lado com aqueles que buscam justiça.
Continuaremos acompanhando essa situação e tomando as medidas necessárias.
Juntos, somos mais fortes.