Uma organização criminosa que operava na exploração de jogos de azar e agiotagem no Norte de Minas foi alvo de uma ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), denominada Operação Provérbios 13:11. No dia 30 de novembro, foram cumpridos 65 mandados de busca e apreensão em Brasília de Minas, Januária e Montes Claros, na Região Norte.
A operação, conduzida pela 9ª Promotoria de Justiça de Montes Claros, com o suporte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) regional Montes Claros e da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), contou com a participação de seis promotores de Justiça, dois servidores do MPMG, 198 policiais militares, quatro policiais civis e dois policiais penais. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil, por meio do Núcleo Correcional, 11º Departamento, também colaborou nas diligências em Januária.
A ação teve o apoio coordenado dos Gaecos de Montes Claros, Juiz de Fora, Paracatu, Patos de Minas e Uberlândia, sendo fundamental para o sucesso da operação, de acordo com o MPMG.
Durante as diligências, foram apreendidas joias, dinheiro em espécie (valores não divulgados), máquinas de cartão e outros itens. A Justiça, atendendo ao pedido do MPMG, determinou a indisponibilidade de bens dos envolvidos, totalizando aproximadamente R$ 17 milhões.
As investigações revelaram que algumas das organizações criminosas atuavam na exploração de jogos de azar por quase meio século em Montes Claros e região. O MPMG destacou que as ações conjuntas identificaram núcleos criminosos autônomos, atuando de maneira associada e conexa, onde os principais integrantes prestavam auxílio mútuo, inclusive nas decisões relacionadas à obtenção de lucro e divisão de prejuízos.
Do ponto de vista jurídico, o versículo bíblico Provérbios 13:11 é interpretado como uma afirmação da importância da legalidade e moralidade na aquisição de riqueza.