A mãe da jovem morta, que conversou com nossa reportagem, se disse aliviada com a prisão do suspeito, que deve ser extraditado da Colômbia para o Brasil
As autoridades brasileiras se movimentam para a extradição de Alef Teixeira de Souza, de 29 anos, apontado como responsável pela morte da namorada Rafaela Cristina Miranda Salles, de 34, em abril deste ano em Ipatinga, no Vale do Aço de Minas Gerais.
Ele foi preso na Colômbia, e não na Costa Rica, como divulgado pela Polícia Civil, no último domingo (13). Conforme as autoridades, a Costa Rica não adere ao instrumento da “difusão vermelha” que permitiria o cumprimento do mandado de prisão do investigado. Portanto, ele acabou preso, na Colombia, após um voo da Costa Rica com escala em Bogotá.
Maria Helena Miranda, mãe da vítima, comemora a prisão de Alef. “É um alívio sabermos que realmente ele está preso. O delegado do caso já solicitou as autoridades a extradição para Ipatinga, onde responder o processo”, disse.
Rafaela trabalhava no Hospital Márcio Cunha e conheceu o homem em um aplicativo de relacionamentos. “Vi uma publicação dela com ele e achei estranho. Falei com ela que ele não era o perfil dela e ela não falou que ia sair fora, mas não conseguiu sair”, acrescentou.
Ela disse que Alef se aproveitou na vulnerabilidade da filha. “O próprio delegado disse que ele sabia aproximar das mulheres com o perfil mais carente. Minha filha estava com depressão depois que o pai faleceu”.
Maria Helena ainda sofre com a perda da jovem. “Vou sempre ter um buraquinho no coração, o espaço que ela ocuparia se estivesse viva. Choro muito, eu sofro muito. Ele não precisava ter feito isso, ele podia ter poupado a vida dela pelas filhas. Ele chegou a conhecê-la”, finalizou.
Relembre o caso
Rafaela Cristina Miranda Sales, de 34 anos, foi morta em 28 de abril deste ano. A Polícia Civil informou que a mulher pode ter sido espancada por vários dias. Na casa da vítima, havia gotejamento e marcas de sangue que indicam luta corporal. A perícia apontou que Alef injetou cocaína na jovem, que sofreu overdose. Depois disso, ele asfixiou a mulher.
Além de Rafaela, Alef é suspeito de tentar matar pelo menos outras duas mulheres. Um dos crimes foi em São Paulo, há dois anos, mas a vítima sobrevive ao ataque. O outro teria sido nos Estados Unidos. Ele era considerado foragido da justiça.
FONTE: https://www.itatiaia.com.br/editorias/cidades/2023/08/16/autoridades-se-movimentam-para-extradicao-de-homem-que-matou-mulher-em-minas-alivio-diz-mae